Ganhei de presente um potro alazão
Eu fiquei contente, pus nome Pavão
Amansou de repente, é uma perfeição
Ficou bão de toada e de longe na estrada
Se ouve as pancada dos cascos no chão
Sete palmo de altura, três anos de idade
Sua raça é pura, bão de qualidade
Não tem andadura, marcha de verdade
Muito certo de freio, não precisa arreio
Pra fazer um passeio é uma especialidade
Pra enfeitar o animal gastei muito dinheiro
Na peiteira uma buçal, trinta argola coqueiro
Comprei capa ideal e um arreio pantaneiro
Uma boa baldrana serve até de cama
Seis quilo e cem grama com pelego estrangeiro
Depois que eu deixei no último gosto
Um dia levantei bem cedo e disposto
O macho arriei, ficou muito composto
Com facilidade eu fui na cidade
Matar a saudade, ver um lindo rosto
Quando lá cheguei, que satisfação
Com ela encontrei em frente o portão
Um beijo eu ganhei, um aperto de mão
Aquela rosa branca quando eu vim de Franca
Ela veio na anca do meu alazão